Como faz falta um abraço
Desses que dói até os braços
Gesto que pouco dei valor.
Agora a saudade chora e grita
A tua foto muda e hirta
Fala comigo sem pudor.
A vida é engraçada
A gente se perde nessa estrada
Venda os olhos com ilusão.
Faltou dizer uma palavra
e a morte chega essa danada
Passa a gritar o coração.
Sua ausência hoje lamento
Rugas esculpidas pelo tempo
Nunca me falou da sua dor.
Meu peito clama e palpita
Minha consciência se agita
Pois pouco lhe falei do meu amor.
A morte não mata o amor
O corpo é o espinho, o espírito a flor.
Tu floresces no firmamento
Pelo bem que fez a mim
És a mais bela no jardim
Esse é o meu sentimento.
(Adaptação de outra poesia
de Adeilson Sales)(À minha mãe)
domingo, 15 de julho de 2007
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