domingo, 26 de agosto de 2007

20 - Auto-estima.

Mútua-ajuda.
Está faltando amor?
O amor é você mesmo que se dá. Você é o seu maior tesouro, só existe você para você mesmo. Os outros são passageiros.
Você veio ao mundo com você apenas e vai deixá-lo também com você mesmo.
O que você faz para se auto-estimar?
Resposta: Amar-se a si mesmo, em primeiro lugar.

domingo, 19 de agosto de 2007

19 - Nossos problemas?

Mútua-ajuda.
É importante que aprendamos a lidar com as nossas limitações.
Dizer sim aos parentes pode significar uma autoflagelação, ou seja, dizer sim, quando desejaríamos dizer não.
Amar não significa que tenhamos que tirar dos outros a oportunidade que eles têm de aprender com os próprios erros. A pergunta é: “Até que ponto devemos nos envolver nos problemas criados pelos outros, mesmo sendo nossa família?”
O domínio da emoção em nossos relacionamentos deve ser buscado incessantemente. Pergunte-se a si mesmo: “Os problemas que me afligem atualmente são oriundos dos meus erros, ou dos equívocos alheios?” Estou ajudando as pessoas a resolverem seus problemas, ou estou querendo resolver os problemas que cabem a elas resolverem? Ajudar é uma coisa, tomar para si as dificuldades dos outros é mais complicado.
O grande desafio em nossa vida é aliar a razão à emoção.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

18 - Nossos filhos.

Mútua-ajuda.
Não existe uma receita pronta para se educar os filhos, pois dentro da mesma família acabam aportando espíritos das mais diversas tendências.
Ninguém consegue mudar a ninguém, nem mesmo os filhos. Não há como criar igualmente criaturas desiguais.
Mesmo que se faça o melhor pelos filhos, nunca poderemos caminhar no lugar deles, a escolha lhes pertence. E se as escolhas forem infelizes, não adianta querer poupá-los do momento infeliz, pois certas lições, só a vida é capaz de ensinar.
O importante é que os pais nunca fechem as portas do amparo a seus filhos, da amizade, do carinho e do respeito que eles merecem como pessoas que pensam.
Nossos filhos, não são nossas propriedades, eles são deles mesmos, eles são da vida.
Eles são o que são e não como gostaríamos que fossem.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

17 - Velho Borzega.

Biografia.
Velho Borzega
(Pedro Américo Leal)

Meu borzega esfolado,
dos tempos da mocidade,
de sola gasta em paradas,
nas alvoradas sem fim.

Biqueira empinada, bonita,
como cavalo de chefe,
talão comido de um lado,
de tanto se apresentar.

Quando te vejo acabado,
envelhecido de usar,
não sei porque me entristeço,
e quase me ponho a chorar.

O salto que era tão forte,
a cor preta traquejada,
não tem mais aquele garbo
do praça rijo que fui.

Te recordo meu borzega!
Como se fosse meu corpo,
batendo no chão com cadência
pros outra entusiasmar.

Velho borzega estropiado
de tanto serviço e instrução,
refletes o viver do soldado
com toda recordação.

Hoje ao te ver empoeirado,
no canto do meu porão,
não posso impedir, baixo os olhos
e me ponho a recordar.

Quando te recebi na reserva,
duro como instrutor,
eras como a nossa mocidade,
que parece não se acabar.

E agora velho borzega?
Que volto a te contemplar,
percebo, não és bem de couro
como era o meu pensar.

É que de repente me vejo
em ti, que agora não brilhas
com muito mais nitidez,
do que nos tempos de outrora.

Então entendo, borzega velho,
desmontado pelo usar
porque durante esses anos
eu evitava de te olhar.

É que me recordando o passado
dos tempos de militar,
representas um espelho,
onde envelheço ao meu olhar.