sexta-feira, 27 de julho de 2007

12 - Se eu morrer amanhã.

À minha mulher e filhos.

Se eu morrer antes de vocês, façam-me um favor: Chorem o quanto quiser, mas não briguem comigo.
Se não quiserem chorar, não chorem.
Se não conseguirem chorar, não se preocupem.
Se tiverem vontade de rir, riam.
Se algumas pessoas contarem algum fato a meu respeito, ouçam e acrescentem suas versões.
Se me elogiarem demais, corrijam o exagero.
Se me criticarem demais, defendam-me.
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostrem que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.
Se me quiserem fazer um demônio, mostrem que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser um bom marido, um bom pai.
E se tiverem vontade de escrever alguma coisa sobre mim, digam apenas uma frase:
- "Foi meu marido, foi meu pai, acreditou em mim e sempre me quis por perto!”.
Aí, então derramem uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outras pessoas farão isso no meu lugar.
Gostaria de dizer para vocês que vivam como quem sabe que vai morrer um dia, e que morram como quem soube viver direito.


(Adaptação de um texto de Chico Xavier)

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